Honestamente, eu já sabia que ia gostar de Dora, só não sabia que ia GOSTAR MUITO DE DORA! Eu já tinha lido (e amado) os três volumes de Bear e estava mais que ansiosa pra finalmente ler Dora, porque já tinha ouvido falar muito bem sobre o quadrinho. E aí finalmente tive a oportunidade de tê-lo em mãos e, meus deuses, que experiência ótima foi essa leitura! Sinceramente, eu nem sei por onde começar. Eu gosto muito desse clima de terror, essa coisa meio gótico, a pegada meio thriller, então não foi nenhum pouco difícil pra mim entrar na narrativa. Não dá pra falar sobre o plot sem citar Carrie, porque, realmente, lembra muito, mas a verdade é que eu gostei mais de ler Dora do que gostei de Carrie (sorry not sorry). Primeiro que eu gostei muito de como a história é contada pelo ponto de vista da mãe - e isso dela estar sendo interrogada me lembrou um pouco aquele filme de 2002 da Carrie, que nem é bom, rs - e a Bianca soube usar isso muito bem. Acho que a história narrada pela mãe traz um lado mais humano, deixa tudo mais questionável e é difícil terminar de ler sem sentir empatia pela Dora (e pela própria mãe, é claro). Gostei da estrutura, das divisões das partes (e dos nomes dado pra cada uma delas), gostei do jogo de claro e escuro sempre presente e tão significativo. A arte é uma coisa maravilhosa e que deixou meu coração bem feliz! Os traços casam tão bem com a narrativa e as focalizações escolhidas são tão bem colocadas juntos com o roteiro que a história se torna ainda mais rica. A premissa é realmente simples, mas é a forma que a Bianca escolheu utilizar para dar vida pra essa história que deixa ela tão maravilhosa!
P.S.: A Dora usando uma blusa com o rosto do Dimas, amei. ♥
Reli essa hq em outubro (2016) e nossa, continuo fascinada pelo trabalho incrível da Bianca Na verdade é tanta coisa pra falar que provavelmente nem caberia aqui, a resenha que tá mais pra "análise-my-feels-pela-hq" completa está disponível neste link: https://oblogpave.wordpress.com/2016/...
Apenas o que dizer sobre isso? Isso não é apenas um quadrinho mas um trabalho muito bem executado e maravilhoso de uma quadrinista de verdade. Não subestime a Bianca, porque caso o faça, aqui ela dá um tapa bem dado na sua cara mostrando que ela sabe o que faz, e BEM.
A HQ é curta e começa com o ponto de vista da mãe sobre o crime de Dora, criando aquele suspense “do porquê?” e “como?”
Mas, ao longo do enredo, foi mostrando como foi a vida de Dora desde o nascimento até a adolescência, as dificuldades que ela enfrentou para se relacionar com as outras crianças.
O final ficou em aberto, o que me fez questionar se, na realidade, ela era só era assim, devido à superproteção da mãe. Por não ter continuação, ficarei com essa dúvida!
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Uma senhora é interrogada por um detetive interessado em conhecer a história de sua misteriosa filha, acusada de matar 15 pessoas. Através de uma narrativa de memórias a HQ mostra parte da versatilidade de Bianca Pinheiro. O roteiro tem boas sacadas, mas peca um pouco ao apresentar Dora. Faltou mais cenas de envolvimento com esta personagem. Ainda assim, uma boa HQ.
No posfácio desta história em quadrinhos Bianca Pinheiro confessa que nunca foi muito fã de histórias de terror, mas que sempre teve o desejo de fazer uma. Eu não diria que Dora seja uma história de Terror. Eu diria que Dora pode se encaixar mais sendo classificada como uma história de suspense. Uma história de suspense bem construída e que se aproveita da linguagem fragmentária dos quadrinhos, suas sarjetas e suas viradas de páginas para construir a ansiedade no leitor e solicitar dele que complete o que pode ter ocorrido neste quadrinho. Para mim, uma história de terror é aquela que revela as partes mais gore da história, que se constrói no susto e não na surpresa, que tem criaturas e elementos sobrenaturais. Nada disso aparece em Dora. Nesse sentido a narrativa é mais minimalista. Uma história de suspense deixa as coisas in suspendum, suspendidas no ar, apenas sugeridas, nunca reveladas e é isso que Bianca Pinheiro faz em Dora, até mesmo no final da história que fica em aberto, para o leitor completar com as informações dadas pela autora ao longo de toda a história em quadrinhos. Por isso, para mim, Dora, é um belo quadrinho de suspense.
"Imagine, só por um instante, que a minha filha não tem culpa nenhuma. Imagine ser alguém que encontra a morte o tempo todo e não pode fazer nada para evitar isso. Alguém que tenta se isolar porque não entende e não pode controlar o que está acontecendo... Imagine todos aqueles olhares, as acusações, as ofensas... Imagine que você é essa pessoa. Que coisas estranhas aconteçam ao seu redor e você não as compreende. Imagine que você sabe que tem que correr e se esconder porque as pessoas não entenderão. Jamais entenderão que você não tem culpa. Imagine que em um dado momento, sua própria mãe deixe de acreditar em você. Como você se sentiria? Eu desejaria morrer." — Bianca Pinheiro, Dora, capítulo 11
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O que aconteceria se uma criança nascesse com um dom especial?
Em Dora, acompanhamos o doloroso relato de uma mãe que, em meio a um interrogatório, reconstrói a trajetória de vida da filha — uma menina marcada desde cedo pelo medo e pelo isolamento.
Poderia Dora realmente machucar aqueles ao seu redor? Vizinhos, colegas de escola... todos pareciam temê-la. Mas e as quinze mortes atribuídas a ela? Teria sido mesmo culpa sua? Ou tudo não passa de um grande mal-entendido?
Entre dúvidas, preconceitos e sofrimento, esta história nos conduz por uma narrativa intensa e emocional, questionando o que é inocência, culpa e o impacto do medo no destino de uma vida inteira.
Dora é uma HQ profunda, sensível e perturbadora, que nos faz refletir sobre o poder da exclusão e da aceitação.
Dora é uma HQ com um tom bem sombrio. A história se passa durante o interrogatorio de uma mãe cuja a filha é acusada de matar quinze pessoas. A história te prende até o final e o traço da ilustradora é bem agradável, acho que ela conseguiu transmitir com clareza os sentimentos dos personagens. Vale a pena ler! Ps: tem apenas 90 páginas, é rapidinho de ler :)
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A história contada a partir da visão da mãe só aumenta o mistério a respeito da Dora ser ou não culpada conscientemente das coisas que faz. Só lamento não ter uma continuação, porque eu adoraria ver como ela se encontra agora.
Não esperava ser uma HQ de horror mas me surpreendi pq não sou tão fã do gênero. Dora é uma garota peculiar e tudo gira em torno do que acontece com as pessoas ao entorno dela. A mãe dela vai narrando a história relembrando os fatos. Gostei bastante, nada de novo pois gosto mto das HQs da Bianca.
Uma graphic novel de terror que conta a história de Dora através da perspectiva de sua mãe, uma garota incompreendida e solitária que por onde passa deixa um rastro de medo.
Meio Carrie, meio Família Addams, e ainda assim, Dora é única. Gostei da forma narrativa, da Mãe falando com o detetive, e costurando a história da menina ali. E gostei do final.
Achei muito bem escrito e com uma narrativa bem envolvente. Dei 4 estrelas pq achei q a história ter sido um pouco mais desenvolvida. O final não me satisfez como leitora.
Dora is a story within a story that introduces us to a girl with something... special. it tells us about the difficulty of society in accepting what's different and hard to explain. it's a riveting thriller about a not so nice girl inserted in a not so nice society. also it's interesting to notice that the story is being told in two different ways - and none of them is necessarily untrue.